Este artigo é resultado de uma aula de campo realizada na Comunidade de Redonda, pertencente ao município de Icapuí, no estado do Ceará. A experiência contou como atividade requerida pela disciplina Memória, Formação e Pesquisa (Auto)Biográfica, oferecida pelo Mestrado do Programa de Pós - Graduação em Educação (POSEDUC) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O problema investigado faz referência à seguinte questão: como os saberes da experiência de mulheres labirinteiras têm contribuído para a formação do cotidiano da Comunidade de Redonda/CE? Assim posto, o estudo tem como objetivo, compreender por meio das narrativas (auto)biográficas como os saberes da experiência de mulheres labirinteiras tem contribuído para formação e (auto)formação do cotidiano da Comunidade de Redonda/CE. A pesquisa tem caráter qualitativo e faz uso do método (auto)biográfico, a partir das narrativas de mulheres labirinteiras de Redonda/CE. Os resultados apontam que os saberes da experiência dessas mulheres estão sendo repassados e compartilhados com os outros que vivem no lugar. Dessa forma, pode-se admitir que tais saberes estão contribuindo para a (auto)formação do cotidiano dos moradores da Comunidade de Redonda/CE. Por consequência, essas mulheres se afirmam como sujeitos de pertença desta comunidade, na (auto)formação de si e na relação com o outro. É necessário ressaltar que as narrativas (auto)biográficas são caminhos que possibilitam a reflexão da prática cotidiana e que é através da prática que se confirmam, modificam e ampliam os diferentes saberes com os quais o sujeito reconstrói o passado, na conciliação da memória individual com a memória coletiva.