Atualmente, a utilização de produtos petroquímicos, em diversos segmentos da cadeia industrial, resulta numa série de problemas socioambientais, que permeiam desde a prospecção até a distribuição e logística do petróleo. Por este motivo, a sustentabilidade vem ganhando cada vez mais força, tornando-se um atributo não somente necessário, como indispensável na formulação de bioprodutos. Levando-se em consideração essas e outras premissas, o trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um fluido de corte biodagradável à base do óleo de maracujá epoxidado, que pudesse ser aplicado em operações de usinagem tradicional na indústria metal-mecânica. Após a extração e degomagem do óleo de maracujá, foi realizado o processo de epoxidação, sendo o mesmo misturado em diferentes concentrações de aditivos, os quais são: biocida (A), antiespumante (B), emulsificante (C) e anticorrosivo (D). A composição dos aditivos ao epóxido foi submetida a um planejamento fatorial 2^4 e em cada formulação foi avaliado o Índice de Acidez Total (ASTM D-974), estabilidade oxidativa (EN 14112), estudo do aparecimento de mancha (Yushiro – NY – 40), viscosidade cinemática (ASTM D – 445). Com os melhores resultados (FC EMO 1 e FC EMO 15) foram feitas emulsões O/A nos percentuais de 5%, 10% e 15%; e, uma vez selecionado o fluido com melhores propriedades físico-químicas, realizou-se um teste mecânico em um torno convencional com tarugo SAE 1020 e ferramenta de corte proveniente da classe aço rápido. A conclusão deste trabalho confirma o potencial do óleo epoxidado de maracujá como base para fluido de corte, apresentando características satisfatórias.