O uso de porta-enxertos tolerantes poderia ser uma alternativa para evitar ou reduzir a perda na produtividade e amenizar o efeito negativo do estresse salino. Com isso, o objetivo do trabalho foi avaliar o papel do porta-enxerto na eficiência fotossintética e proteção oxidativa em mudas de videiras enxertadas expostas à salinidade. Foram utilizadas mudas enxertadas da variedade BRS Vitória sobre os porta-enxertos IAC 313, IAC 572, SO4 e Paulsen, sendo o experimento realizado em condições de casa de vegetação. Após 30 dias de crescidas as plantas foram submetidas a concentrações crescentes de NaCl (0, 40 e 80 mM) durante 15 dias. Foram realizadas curvas dos parâmetros de trocas gasosas em resposta à crescentes luminosidades, além da mensuração das atividades das enzimas SOD, APX e POX. O sal reduziu a fotossíntese de todos as combinações de enxerto/porta-enxerto, sendo a Vit/Paulsen mais sensível às maiores concentrações salinas, e a Vit/IAC 313 a mais tolerante. A atividade da SOD e da APX para os porta-enxertos aumentou de acordo com o incremento de NaCl, exceto para o porta-enxerto IAC 313 que apresentou diminuição da SOD e da APX, podendo sugerir uma relação entre ambas, já que a SOD catalisa a dismutação do O2–• em O2 e H2O2. Já a atividade da POX para todos os porta-enxertos foi maior de acordo com o incremento de NaCl.