Artigo Anais III SINPROVS

ANAIS de Evento

ISBN: 978-85-7946-272-6

ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS EM PLÂNTULAS DE MIMOSA TENUIFLORA (WILLD.) POIR. SUBMETIDAS A ESTRESSE HÍDRICO

Palavra-chaves: CAATINGA, JUREMA-PRETA, ESTRESSES ABIÓTICOS, TOLERÂNCIA Pôster (PO) AT 04. Impactos dos fatores bióticos e abióticos na Produção Vegetal
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Publicado em 07 de maio de 2018

Resumo

Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. (Fabaceae), conhecida como jurema-preta, é uma árvore de porte pequeno típica da Caatinga, que apresenta grande quantidade de espinhos em seus ramos. Esta espécie possui grande capacidade de tolerância às condições extremas do semiárido, pois floresce e produz sementes durante um longo período do ano, predominando na estação seca. Por este motivo, esta é uma espécie muito importante para a manutenção da biodiversidade e funcionamento do ecossistema. Além disso, devido ao seu crescimento rápido e a sua capacidade de rebrota, tem potencial para a restauração de áreas degradadas. As sementes de M. tenuiflora foram coletadas em área de Caatinga paraibana e encaminhadas ao Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da UEPB, onde foram beneficiadas, homogeneizadas e submetidas à técnica para superação dormência por meio de desponte na região oposta à micrópila. Logo após, as mesmas foram desinfestadas com hipoclorito de sódio a 1,0%. Em seguida as sementes foram semeadas em bandejas plásticas individuais para cada repetição, contendo areia umedecida diariamente com cinco diferentes níveis de capacidade de retenção (10, 20, 30, 40, 50 e 60%). Para cada tratamento, foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes e 13 dias após a semeadura foram analisadas as variáveis: comprimento do cotilédone, comprimento da parte aérea e da raiz e diâmetro da raiz. As medidas morfológicas foram realizadas com auxílio de paquímetro digital e régua graduada em centímetros. No cotilédone, as medidas de largura e espessura foram realizadas sempre na região mediana; na raiz, a 5 mm abaixo da zona de transição. Já as medidas de comprimento foram particulares para cada órgão: no cotilédone, da base até o ápice; na parte aérea, da inserção dos cotilédones até o primeiro nó foliar; e na raiz, do ápice até o limite entre ela e a zona de transição. Todos os órgãos analisados tiveram seu crescimento alterado pelo estresse hídrico. O maior crescimento da parte aérea foi observado na capacidade de retenção de 30% (6,05cm). Já com relação ao crescimento das raízes, observou-se que à medida que aumentou os níveis de capacidade de retenção houve uma diminuição no crescimento, com valor máximo obtido na capacidade de retenção de 20% (8,14cm). Nos cotilédones, as sementes submetidas a uma capacidade de retenção de 50% apresentaram plântulas com maiores comprimentos. E o diâmetro das raízes foi aumentado nas capacidades de 40 e 60%. M. tenuiflora apresenta desenvolvimento satisfatório dos órgãos nos tratamento entre 20% e 50% de capacidade de retenção do substrato.

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