No Brasil, com a ocorrência da transição demográfica, o número de pessoas que alcançam a
terceira idade tem aumentado significativamente, e paralelamente a esse processo observa-se um aumento
gradativo de perturbações de humor nessa etapa da vida, principalmente o transtorno depressivo. O presente
estudo objetivou analisar a prevalência de sintomas depressivos em idosos institucionalizados. Trata-se de
um estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa, que foi desenvolvido com idosos de três
instituições de longa permanência no município de Cajazeiras – PB. O instrumento utilizado para a coleta de
dados consistiu em um questionário validado, a Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15). A análise
estatística descritiva (distribuições absolutas, percentuais, média e desvio padrão) e testes estatísticos foram
realizados no software SPSS, versão 20. Todos os itens dispostos na Resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde, que regulamenta a pesquisa com seres humanos, foram obedecidos neste estudo. A
prevalência de sintomas depressivos encontrada na presente amostra foi de 47,8%, mostrando-se elevada
quando comparada com outras pesquisas. Isso sugere melhores capacitações por parte dos profissionais em
busca de olhares diferenciados e investigações direcionadas, objetivando intervenções precoces e
satisfatórias. Nesse contexto, torna-se primordial a criação de programas para idosos institucionalizados que
visem promover participações diretas no âmbito social, cultural, esportivo, lazer e educacional, dando
empoderamento aos atores sociais, ao passo que contribuem para redução da sintomatologia depressiva neste
grupo etário.