O modelo de saúde biomédico é inspirado na visão mecanicista do homem, com um olhar predominantemente biológico e com explicação unicausal da doença. Teve sua origem no século XIX, enxergando o homem como uma máquina e sua saúde como pleno funcionamento desta, caso houvesse alguma doença, seria reparado o dano para que a máquina voltasse a funcionar. Contrapondo-se a este paradigma surgiu o modelo biopsicossocial, afirmando que a doença não pode ser vista com uma explicação unicausal, ou o ser humano ser observado de forma mecânica. O modelo biopsicossocial enxerga o indivíduo de forma sistêmica, considerando não apenas o biológico, mas as esferas psíquica e social, buscando compreender as influências das emoções e das relações sociais no bem-estar do sujeito. A compreensão sobre saúde/doença de acordo com esta visão é processual, um contínuo que considera a qualidade de vida e a importância dos fatores sociais. Tal perspectiva, quando se trata de saúde do idoso, serve de base para intervir sobre a promoção da qualidade de vida do idoso, tendo em vista que a população do país vem em crescente índice de envelhecimento. Para a saúde do idoso ser atendida nas esferas biopsicossocial e espiritual não basta a realização dos tradicionais check-ups realizados médicos, mas faz-se necessário atividades que promovam a saúde integral, como no caso dos grupos de convivência com intervenções no campo subjetivo e intersubjetivo. Neste sentido, o presente trabalho visa apresentar um relato de caso baseado em uma experiência de em uma experiência de promoção e prevenção em saúde desenvolvida com idosos na Associação Celebrando VIDA em parceria com a UNINASSAU Campina Grande. A partir de encontros semanais, tem sido aplicada uma metodologia baseada em Grupos Operativos, na qual se utilizam técnicas de grupo, exercícios de bioenergética e debates objetivando trabalhar temas como a dinâmica familiar, memória, autoestima, identidade, combate à violência doméstica dentre outros. Dos resultado atingidos até o momento temos o avanço nas habilidades sociais dos idosos com o fortalecimento de vínculos entre eles e com os organizadores do grupo, o melhoramento na autoestima dos mesmos sendo o resultado perceptível através da aparência e evolução na autoconfiança.