O declínio cognitivo encontra-se presente em toda a trajetória humana, sendo o mesmo mais frequente na população envelhecida. Esse declínio pode surgir em detrimento aos hábitos de vida de uma dada população ou em decorrência de alguma disfunção neuropsicológica, podendo desencadear perdas ou descontinuidades das funções cognitivas como memória, atenção e planejamento executivo, como é o caso das demências. A estimulação cognitiva é um processo da reabilitação cognitiva que visa estimular os aspectos cognitivos e proporcionar ao indivíduo e seu cercante, família e cuidadores, estratégias de enfrentamento com a finalidade da qualificação da vida. Este estudo tem como objetivo apresentar o relato de uso de um guia de orientações cognitivas diárias como agente complementar a estimulação ambulatorial em idosos com sintomas de prejuízos cognitivos. O estudo ocorreu em um Hospital Universitário com idosos com sintomas de declínio cognitovo e frequentantes de um ambulatório geriátrico, o guia foi construído de acordo com a percepção das demandas de cuidado e entregue ao cuidadores e familiares dos mesmos. O guia foi dividido em seções: Informações referentes aos prejuízos neurocognitivos do processo de envelhecimento; Cuidados importantes no cotidiano; Estimulação cognitiva no cotidiano do cuidado; Lista de exercícios cognitivos diários. Observou-se que as estratégias de estimulação diária, quando associadas a um processo de estimulação cognitiva ambulatorial é eficaz no enfrentamento das doenças demenciais e também é capas de promover integração do idoso e seus familiares com o adoecer. Possibilita-se com este estudo a ampliação do cuidado além do ambiente ambulatorial e, fazendo da rotina um processo de estimulação, e ainda permite o fomento a pesquisa a respeito desse assunto.