Introdução: O fenômeno qualidade de vida tem múltiplas dimensões, como, por exemplo, a física, a psicológica e a social, cada uma comportando vários aspectos. Entre eles, a saúde percebida e a capacidade funcional são variáveis importantes que devem ser avaliadas, assim como o bem-estar subjetivo, indicadas por satisfação. Satisfação com a vida não só representa qualidade de vida, como também é uma dimensão-chave nas avaliações de estado de saúde na velhice. Objetivo: Este estudo teve como objetivo realizar uma análise uma comparativa entre a percepção da qualidade de vida de idosos com limitações funcionais e idosos ativos. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo, exploratório, não probabilístico de abordagem quanti-qualitativa, envolvendo dois grupos de idosos (ativos e com limitação funcional). A amostra foi composta por 20 idosos, sendo 10 ativos participantes de um grupo de idosos do Centro de Convivência do Idoso localizado no Castelo Branco I, João Pessoa e 10 idosos com limitação funcional atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia do Unipê, onde a entrevista foi feita por meio de um questionário. Para a análise dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel 2010. Resultados: A média idade dos idosos entrevistados dos dois grupos foi de 69,25 anos sendo em sua grande maioria do sexo feminino 80%, aposentados 70%, e portadores de afecções crônicas 85%. Com relação à independência funcional, pode-se analisar que os idosos ativos são todos independentes segundo a escala de Katz, todavia os idosos com limitação funcional são dependentes para algumas AVD’S. Houve uma estreita diferença no que diz respeito à percepção da qualidade de vida no que se refere à satisfação com vida, ter momentos de lazer, e a falta de alguém para dividir os sentimentos, apontando o grupo de idosos ativos com maior positividade quanto à percepção de qualidade de vida nestes aspectos. Conclusão: Diante do exposto pode-se ressaltar quão válida se da à avaliação da percepção da qualidade de vida, principalmente quando o propósito é comparar grupos etários com condições clínicas distintas, apontando resultados positivos para os idosos ativos, todavia, pode-se analisar que apesar dos idosos com limitações apresentarem resultados com negatividade em alguns pontos, estes em grande número relataram gostar de si mesmo e terem motivos para viver, mostrando assim, a subjetividade que a qualidade de vida representa, apontando valores particularizados quando abordados todos os aspectos biopsicossociais que emergem o individuo.