O Parque Estadual Pico do Jabre, localizado no sertão da Paraíba, a despeito de ter se tornado uma unidade de conservação no ano de 2002 pelo Decreto estadual nº 23.060, ainda sofre com a ação humana degradante, ação comum às outras regiões localizadas na Caatinga e outros biomas brasileiros. Este trabalho teve como objetivo discutir como a falta de regularização fundiária afeta a eficácia da preservação das unidades de conservação especialmente do Parque Estadual Pico do Jabre. Foi realizado o levantamento bibliográfico a respeito das principais abordagens sobre a questão fundiária na unidade de conservação mencionada, consulta aos órgãos ambientais estaduais além de observações por meio de visita in loco. A despeito das exigências legais apontadas, o Parque Estadual Pico do Jabre (criado em 1992) até hoje não possui Plano de Manejo- que constitui verdadeira lei de uma UC- o qual dispõe sobre a visitação pública, desenvolvimento de pesquisas científicas, normas para cultivo de organismos geneticamente modificados, os limites das unidades de conservação, autorização para a exploração de bens e serviços inerentes às unidades, zoneamento, corredores ecológicos, entre outros, conforme se pode verificar no Decreto nº 4.340/2002 e na Lei nº 9.985/2000. Conclui-se que a falta de regularização fundiária aliada a outros fatores como ausência de plano de manejo são fatores tornam a preservação do Parque Estadual Pico do Jabre ineficáz.