À medida que a população humana cresce, aumenta a demanda por moradias e consequentemente, materiais para edificação das casas. Dessa forma, os recursos naturais constituem a principal matéria prima da construção civil. As indústrias de cerâmica localizadas no Nordeste brasileiro representam um potencial explorador do bioma caatinga, tendo em vista a extração da madeira nativa como fonte de energia na fabricação dos produtos finais, provocando fortes impactos ambientais na região. Partindo dessa premissa, o presente estudo objetivou realizar uma revisão bibliográfica sobre os impactos socioeconômicos e ambientais das fábricas de cerâmica inseridas no Nordeste do Brasil e apontar alternativas de substituição das fontes energéticas que possam mitigar o ritmo de desmatamento da caatinga e suas implicações no ambiente. A partir da literatura revisada foi possível perceber que as fábricas de cerâmica representam grande ameaça à qualidade e equilíbrio do meio ambiente, pois resulta em desmatamento indiscriminado da caatinga para consumo da madeira nos fornos, degradação dos solos que ficam expostos aos agentes erosivos, consumo abusivo de água, produção de resíduos, emissão de gás carbônico e extinção de espécies vegetais e animais. A literatura aponta para a utilização de gás natural, uso de madeira legalizada, reutilização dos resíduos, uso de filtros nos fornos e chaminés e matriz energética alternativa como medidas sustentáveis. Nessa vertente é fundamental que as cerâmicas adotem alternativas para minimizar os impactos causados ao meio ambiente, produzindo de forma sustentável sem comprometer o sucesso das fábricas que também geram emprego e renda.