Na busca por alternativas cada vez mais sustentáveis e econômicas para despoluir áreas contaminadas, busca-se reunir técnicas que unifique eficiência na descontaminação, fácil manejo, tempo mínimo de execução e menor valor, diante desse quadro surge a fitorremediação como uma técnica bastante viável. A fitorremediação é o processo de remediação que tem por objetivo a descontaminação de solo e água, que emprega como agente de descontaminação espécies vegetais, normalmente in situ. Comparada com outras técnicas tradicionais, como bombeamento ou remoção física da camada contaminada do solo, a fitorremediação é considerada uma alternativa vantajosa pelo seu baixo custo econômico e sua comprovada eficiência na descontaminação. Essa técnica é amplamente utilizada em solos contaminados com metais pesado, derivados de petróleo, solventes clorados e subprodutos tóxicos da indústria, recentemente tem-se destacado como uma técnica promissora para descontaminação de áreas tratadas por herbicidas. Cada dia mais torna-se crescente a preocupação em impedir ou remediar os efeitos negativos da presença de herbicidas nos diversos compartimentos ambientais devido seu efeito residual no solo que podem ocasionar a toxicidade em culturas sensíveis plantadas após sua utilização, podendo ainda serem lixiviados para camadas mais profundas no perfil do solo, havendo risco de atingir os lençóis subterrâneos e ocasionar a contaminação de outros ecossistemas. A aplicação da fitorremediação na descontaminação de ambientes com resíduo de herbicidas é baseada essencialmente na seletividade natural ou desenvolvida, que algumas espécies vegetais exibem a determinadas substâncias ou mecanismos de ação. Essa técnica surge como uma excelente ferramenta para o tratamento eficaz de solos contaminados por herbicidas, principalmente aqueles que possuem grande atividade residual no solo.