O cultivo e consumo do milho aumentam a cada safra no Brasil por exercer um relevante papel no campo socioeconômico, devido sua utilização na alimentação humana e animal. De acordo com a CONAB (2015) a consolidação da produção brasileira do milho atingira na safra 2014/2015, 81.811,4 mil toneladas, representando um acréscimo de 2,2% em relação à produção passada, destacam-se como maiores produtores nacionais o Distrito Federal, Santa Catarina e Goiás com 8,09; 7,75 e 6,60 t ha-1 respectivamente. No Nordeste, a maioria dos cultivos é em regime de sequeiro com enfoque para a agricultura de familiar, resultando com isso, baixos índices de produtividade. O Estado de Alagoas segue as baixas produtividades da região Nordeste, com produtividade média de 0,88 t ha-1, estando assim abaixo da média nacional que é de 5,25 t ha-1. Essa baixa produtividade se associa a manejos agronômicos com pouca tecnologia (CARVALHO BRASIL et al., 2007) e mão de obra não especializada.O experimento utilizado como referência no desempenho do modelo foi conduzido com a cultura do milho, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias (CECA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Rio Largo – AL, na região dos Tabuleiros Costeiros (09°28’02”S; 35°49°43”W; 127 m), numa área de 3.000 m². A densidade de semeio adotada foi de 50.000 plantas por hectares semeado no dia 28 maio de 2014. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições, com espaçamento entre linhas de 0,80 m.
O desenvolvimento e crescimento da cultura foi acompanhado semanalmente a partir de três plantas marcadas ao acaso. Os estádios fenológicos foram observados diariamente. A colheita foi realizada logo após o estádio reprodutivo R6 que representa a maturidade fisiológica da cultura, atingida no dia 30 de setembro de 2014, acumulando 101 dias após o plantio (DAP). As variáveis meteorológicas coletadas foram: precipitação pluvial, temperatura do ar máxima e mínima diária e evapotranspiração de referência (ET0), obtidas por intermédio de observações na estação agrometeorológica localizada ao lado do experimento.Constatou-se que as temperaturas do ar (máxima e mínima) estiveram dentro da faixa classificada como ótima para a cultura do milho (Figura 1), em que, a menor temperatura registrada foi de 19,9 ºC enquanto a máxima 27,5 ºC e temperatura média ao longo do ciclo de 23,8 ºC. A transpiração máxima (Trx) e a transpiração real (Tr) foram semelhantes para todo o ciclo de cultivo da primeira época, até os 33 dias após o plantio esses índices estiveram abaixo de 1,0 mm dia-1 a partir de então aos 34 DAP à transpiração aumenta em função do aumento de área foliar da planta, atingindo o pico máximo aos 70 DAP com 4,3 mm dia-1, correspondendo, portanto ao período de florescimento. A partir de então a taxa de transpiração volta a cair, ficando abaixo de 1,0 mm dia-1 aos 97 DAP estando à cultura próximo o período de maturidade fisiológica.