SERAFIM, Catarina Alves De Lima. . Anais II CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/29723>. Acesso em: 23/12/2024 00:00
A infecção pelo HIV e a AIDS são vistas como temáticas contemporâneas no âmbito das ciências da saúde e sociais, devido suas implicações sociológicas, políticas, econômicas e clínico-epidemiológicas. Dessa forma, passam a necessitar de cuidados especiais em saúde, que auxiliem e subsidiem uma melhoria nas condições clínicas e de vida desses indivíduos. Justificado pela escassez de dados e pela excelência no tratamento da infecção por HIV/AIDS em João Pessoa-PB, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil clínico dos portadores de HIV/AIDS atendidos no hospital de referência do município de João Pessoa-PB. Essa pesquisa é de abordagem quantitativa, do tipo exploratória descritiva, utilizando-se de um estudo retrospectivo e documental. Os dados foram coletados de janeiro a fevereiro de 2017 utilizando com instrumento de coleta os prontuários dos usuários do serviço. Os dados obtidos foram armazenados e analisados pelo programa IBM SPSS Statistics versão 20.0. Observou-se que para a maioria dos usuários, a forma de contágio foi por meio de relações sexuais (93%). Um total de 54% dos portadores de HIV/AIDS receberam o diagnóstico entre 1 e 2 anos e 58,5% encontravam-se na forma sintomática da doença. Dentre os sinais e sintomas mais relatados, a perda de peso foi o sinal mais prevalente (15,4%). Um total de 40% dos indivíduos já adquiriu alguma outra infecção sexualmente transmissível, sendo as hepatites (37,9%) as mais relatadas, e 39% dos usuários já apresentou uma ou mais coinfecções destacando-se a tuberculose (38,4%). Em relação à frequência de internações, observou-se que 39% dos indivíduos infectados pelo HIV já foram internados pelo menos uma vez, tendo a maioria (64%) apenas uma internação no histórico. Referente ao perfil da infecção, a maioria dos usuários está com os níveis virais indetectáveis (53%) e os valores de CD4 (69,5%) dentro dos valores considerados normais. Em suma, o perfil clínico da amostra estudada está de acordo com as tendências nacionais. Um fator importante ao ser observado é que a transmissibilidade do vírus está intimamente relacionada ao estilo de vida dos indivíduos, como as relações sexuais desprotegidas. Dessa forma, se faz necessário o maior incentivo ao comportamento de autoproteção, pois este hábito reflete no perfil da infecção e na situação de saúde desses indivíduos.