À medida que aumentou o número de presidiários, cresceu também a quantidade de problemas dentro das unidades prisionais, dentre os quais se destaca a precariedade da assistência em saúde. As más condições de saúde no sistema carcerário suscetibilizam os reclusos a aquisição de diversas doenças, sendo que o gênero mais vulnerável a esses problemas é o feminino. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura brasileira sobre prevalência e fatores de risco para o vírus da imunodeficiência adquirida, hepatite C nas penitenciárias femininas no Brasil. Dos estudos analisados, uma pesquisa desenvolvida em uma prisão feminina no estado de São Paulo encontrou uma alta prevalência destas IST´s nas detentas, cerca de 16,2% tiveram o resultado positivo para anti-HCV e 13,9% para anti-HIV 1 e 2, os autores ressaltaram que 23 detentas que realizaram o exame para detecção de antiHCV se negaram a realizar o teste do HIV alegando não quererem saber do seu estado sorológico. Há poucos estudos brasileiros sobre infecções sexualmente transmissíveis no ambiente prisional, e a maioria dos estudos analisados nesta revisão utilizou os testes rápidos para obter a prevalência destas IST´s, a baixa sensibilidade e especificidade destes testes e ao baixo intervalo de tempo entre a exposição e a realização do exame podem ter contribuído com resultados falsos- positivos e/ou falsos- negativos.