Mudanças nos padrões alimentares e do estilo de vida têm repercutido sobre o padrão de morbimortalidade mundial. E uma das consequências dessa mudança é o aumento dos casos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), dentre elas a hipertensão arterial. Portanto, diante das evidências demonstradas, este trabalho objetivou caracterizar o perfil autonômico de mulheres hipertensas assistidas no Ambulatório de Cardiologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW/UFPB), visando prevenir o desenvolvimento de problemas cardíacos mais graves acarretados pela hipertensão arterial. O estudo foi realizado com 6 voluntárias do sexo feminino, com idades entre 20-50 anos, assistidas no ambulatório de Cardiologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW/UFPB), recrutadas através de uma triagem a partir do atendimento da nutricionista responsável. Como critérios de inclusão, as mulheres deveriam ter o diagnóstico médico de hipertensão arterial sistêmica e fazerem uso apenas de anti-hipertensivos e hipoglicêmicos. Após a triagem, foi realizada a primeira consulta, que consistiu na explicação de todo o protocolo da pesquisa e após o aceite foi assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), além da realização da avaliação antropométrica, aplicação de um questionário com variáveis de estilo de vida, aplicação de um recordatório de 24h, frequência cardíaca (FC) e avaliação da função autonômica. Os dados foram transmitidos para um computador e filtrados utilizando-se o software CardioMood (versão 2.3.2). Os resultados dos exames cardiovasculares das 6 voluntárias hipertensas recrutadas, apresentaram valores médios de LF (bandas de baixa frequência) = 29,96% ± 12,33, VLF= 327,28 ± 311,5, LF/HF= 1,247312 ± 1, SDNN= 29,8391± 9,31, RMSSD= 26,55±8,63. A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que atualmente a incidência de hipertensão arterial encontra-se cada vez mais elevada, isso se deve a fatores externos, como o estresse, a má alimentação e o sedentarismo, mas também engloba fatores intrínsecos como a elevação da atividade simpática, que leva a um aumento da frequência cardíaca e vasoconstricção das artérias levando assim a um aumento da pressão arterial.