As feridas cutâneas são resultantes da ruptura da integridade da pele e representam um grande problema na saúde pública. Assim, a busca por novas estratégias terapêuticas que promovam a cura eficaz das feridas vem se tornando destaque nas pesquisas que norteiam a biotecnologia. Dentre as biomoléculas de origem vegetal, as lectinas tem ganhado grande respaldo na pesquisa cientifica, sendo alvo de investigações quanto às suas atividades biológicas e farmacológicas. Nessa perspectiva, esta revisão objetivou fornecer, a partir de uma revisão sistemática de literatura, uma visão geral sobre as principais lectinas caracterizadas pelo seu potencial em acelerar o processo de reparo de feridas, ressaltando aspectos moleculares envolvidos na imunomodulação dos eventos cicatriciais. A revisão de literatura foi realizada durante o período de 13 de fevereiro a 29 de março de 2017 utilizando artigos científicos nas seguintes bases de dados eletrônicos: NCBI, SCIENCE DIRECT, MDPI e SCIELO. Optou-se por selecionar trabalhos nos idiomas inglês e português com delineamento experimental e resultados satisfatórios, publicados entre 2007 até a atualidade. As lectinas oriundas de vegetais apresentam potencial para acelerar a cicatrização de feridas e regeneração de tecidos epiteliais por interagirem com várias moléculas endógenas envolvidas na resposta imune inata e específica. Logo, essas macromoléculas são capazes de modular o recrutamento de células inflamatórias como neutrófilos e macrófagos, células importantes nos eventos cicatriciais, por possuírem a capacidade de produzir diversas citocinas que atuam como fatores de crescimento. Verificou-se que em todos os estudos apresentados, as lectinas foram capazes de acelerar a cicatrização de lesões teciduais, sendo uma alternativa promissora para o tratamento de feridas.