Sisal (Agave sisalana) é uma planta cultivada em regiões semiáridas, de rápido crescimento e resistente a climas quentes. Durante a etapa do desfibrilamento do sisal, para obtenção da fibra, há a geração do resíduo conhecido como bagaço, porém após a obtenção da fibra é necessário realizar a retirada de resíduos que ficam aderidas a mesma durante o processo de secagem assim, as fibras em seguida são submetidas ao beneficiamento, utilizando a máquina conhecida como “batedeira”, onde são removidas as impurezas aderidas às fibras, deixando-as com aspecto brilhoso. Estas impurezas, popularmente conhecida como “pó da batedeira”, são descartadas em grandes quantidades e até os dias de hoje o seu uso restringe-se à adubação. Desta forma, revela-se necessário demonstrar as vantagens existentes no desenvolvimento de novas tecnologias para obter produtos, como enzimas e etanol de segunda geração, a partir do pó da fibra do sisal. Assim, este trabalho tem por objetivo realizar a caracterização físico-química do pó da batedeira da fibra do sisal podendo assim, avaliar por meio do teor de extrativos, alfa celulose, lignina, holocelulose, hemicelulose e umidade o seu potencial como substrato para produção de bioetanol e enzimas celulolíticas, lignolíticas e hemicelulolíticas. Para a caracterização foram obtidos os seguintes resultados: umidade (11,45%), extrativos (3,29%), lignina (7,55%), holocelulose (77,52%), alfa celulose (63,60%) e hemicelulose (13,92%). Avaliando o potencial do pó da batedeira como substrato para produção de bioetanol de segunda geração ou enzimas celulolíticas, este pode ser ideal, visto que apresentou valores consideráveis de alfa celulose.