GOMES, Katia Lúcia De Lima et al.. Avaliação dos beneficios da fisioterapia em idosos. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2811>. Acesso em: 22/11/2024 21:18
INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é uma realidade mesmo nos países mais pobres, ainda que a melhora substancial dos parâmetros de saúde das populações observada no século XX, esteja longe de apresentar uma distribuição equitativa no contexto socioeconômico. Envelhecer não é mais privilégio de poucos. Como processo natural do envelhecimento, o indivíduo passa por diversas modificações fisiológicas, com maior fragilidade e vulnerabilidade a intercorrências patológicas. Em geral, os idosos apresentam doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e múltiplas, que duram anos e exigem acompanhamento medico e uso de medicação constante o que gera ônus ao sistema de saúde vigente e trás complicações familiares. Com a mudança no perfil epidemiológico e etário esta população busca por serviços de saúde especializados que promovam melhoria na sua qualidade vida. A Fisioterapia, objetiva restaurar ou manter o mais alto nível de função motora e independência física possível para o indivíduo. OBJETIVOS: Desta forma o presente estudo objetivou avaliar os benefícios da fisioterapia em idosos; descrever o perfil sócio demográfico e clínico desta população e identificar as principais dificuldades funcionais dos idosos. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Utilizou-se um questionário semiestruturado produzido pelos pesquisadores. A pesquisa foi realizada na Unidade Municipal de Fisioterapia e na clínica de Saúde da faculdade Maurício de Nassau, no município de Campina Grande - PB. Participaram do estudo 60 idosos de ambos os gêneros que estavam em tratamento fisioterapêutico. O estudo obedeceu às exigências propostas pela Resolução nº 196/96. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÂO: Observou-se que em relação aos aspectos sócio-demográficos a maioria dos idosos era do gênero feminino (81%), encontravam-se casados (42%), vivendo em companhia do cônjuge (48,6%). 41,66% tinham o nível fundamental incompleto e recebia até um salário mínimo (68,3%) como renda familiar, proveniente de beneficio social, aposentadoria em sua maioria (63,3%). Dados que estão de acordo com a maioria dos estudos pesquisados. O perfil clinico mostrou que a doença crônica não transmissível mais relatada foi a hipertensão arterial (73,3%) seguida da osteoartrose. Na análise da auto percepção dos benefícios da fisioterapia observou-se que 90% relataram melhoras com o tratamento, sendo que 10% estavam relacionados com diminuição de dor e 60% com melhora no quadro funcional. CONCLUSÃO: O tratamento fisioterapêutico tem apresentado resultados significativos nessa população, levando ao aumentando da amplitude de movimento (ADM), melhor desempenho na realização das atividades de vida diária, melhora na velocidade da marcha, melhora do equilíbrio, redução no número de quedas e bem-estar geral. Concluiu-se que o tratamento fisioterapêutico tem se apresentado como benéfico na melhoria das algias e da funcionalidade dos idosos o que demonstra ser uma ferramenta importante para determinar um envelhecimento ativo e independente.