Durante o processo de perfuração de um poço de petróleo, a remoção dos cascalhos representa um dos principais procedimentos, de modo que uma boa eficiência nesse parâmetro é responsável pela redução dos custos e otimização do tempo de operação. Por outro lado, a formação de leitos fixos e estacionários (deficiência no carregamento dos sólidos) pode trazer sérios problemas como a redução da taxa de penetração, desgaste prematuro das brocas, obstrução do anular (prisão de coluna), perda de circulação e, em casos extremos, à necessidade de abandono do poço. Dessa forma, a limpeza do poço está relacionada diretamente com a velocidade com que os sólidos se sedimentam através do fluido de perfuração, sendo essa grandeza afetada por parâmetros como densidade e viscosidade do fluido, diâmetro e densidade dos sólidos, regime de fluxo, excentricidade da coluna, desvio de verticalidade e taxa de penetração. Diante desse cenário, torna-se de extrema importância avaliar os principais mecanismos responsáveis pelo carreamento dos cascalhos durante a perfuração de poços de petróleo. Baseado nesse exposto, o objetivo principal desse trabalho consiste em avaliar a interação dos principais mecanismos de transporte cascalho/fluido de perfuração na hidráulica de poços, utilizando correlações matemáticas que estimem a velocidade de sedimentação dos cascalhos utilizando modelagem fatorial. Um planejamento fatorial (STATISCA 7.0) foi adotado a fim de otimizar e avaliar qual parâmetro terá maior influência na eficiência de limpeza do poço. Superfícies de respostas foram geradas de forma a mapear as melhores condições para a remoção dos cascalhos. Resultados apontam que a viscosidade do fluido e sua interação com o diâmetro da partícula foram responsáveis por governar a dinâmica de queda de partícula, ou seja, a velocidade de sedimentação dos cascalhos no poço, apresentando uma região ótima de eficiência com valores de 0,0015 - 0,0020 m (Diâmetro de partícula) e 30 – 50 cP (viscosidade do fluido).