Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NA TERCEIRA IDADE: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS (2009 – 2012)

Palavra-chaves: ANIMAIS PEÇONHENTOS, IDOSOS, EPIDEMIOLOGIA Tema Livre (TL) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

Os acidentes com animais peçonhentos que envolvem idosos adquirem grande relevância, sobretudo, devido às alterações fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento que conferem uma maior fragilidade a essa faixa etária. No Brasil os levantamentos sobre esses casos são escassos e, por isso, estudos visando uma caracterização epidemiológica dos mesmos são necessários. Realizou-se um estudo retrospectivo, descritivo, transversal e quantitativo dos acidentes por animais peçonhentos envolvendo idosos registrados nas fichas de notificação de intoxicações do Centro de Assistência Toxicológica de Campina Grande (CEATOX-CG). A amostra em estudo foi composta por casos registrados no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2012. Para delinear o perfil da população atingida, foram destacadas as variáveis sócio-demográficas e as relacionadas ao acidente. Dos 540 casos analisados, 54,8% (n=296) envolveram mulheres e 45,2% (n= 244) ocorreram em homens. Na população feminina composta principalmente por domésticas prevaleceram os acidentes escorpiônicos, com 69,9% (n=207) e na masculina os acidentes ofídicos, em 38,9% (n=95) dos casos, sendo a maioria agricultores. A faixa etária mais prevalente foi entre 60 e 69 anos, com 55,1% (n=298) dos casos, quanto às ocupações, predominaram as de aposentado 57,6% (n=302) e agricultor 19,1% (n=100). Em se tratando da variável grau de escolaridade, observa-se que 46,6% (n=186) possuem ensino fundamental incompleto e 37,5% (n=151) são analfabetos. Os acidentes mais prevalentes foram com escorpião, em 52,9% (n=277) dos casos, seguida respectivamente por serpente, em 22,9% (n= 120), Hymenópteros- abelhas, formigas e vespas- em 12,2% (n= 64) e aranha, em apenas 1,5% (n=8). Em 8,6% (n=64) dos casos não houve a identificação do animal. Tais acidentes possuíram maior incidência na Zona Urbana com 73,1% (n=381) e na sua maioria foram considerados leves, sendo registrados apenas 4 óbitos (0,8%) no período analisado. Conclui-se que os acidentes ofídicos e com escorpião são os mais frequentes entre os idosos e que acometem principalmente o gênero feminino. Também se verificou que uma grande parcela possuem fatores de risco relativos a acidentes com animais peçonhentos. Assim, se ressalta a importância da prevenção e da assistência adequada nesses casos, bem como de práticas educativas referentes a essa temática.

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