Resumo do artigo: Na região do semiárido paraibano a economia gira a partir do setor primário, setor público e aposentadoria rural, pois praticamente não há indústrias ou serviços especializados. Ao longo de nossa história, por todo o país, os processos educacionais e as práticas agropecuárias não se desenvolveram levando em conta as condições específicas de clima, solo, fauna e flora do Semiárido e sua população sofre historicamente imposição educacional aliada à ideologia capitalista do setor produtivo agropecuário, que se desenvolvem alheios às especificidades e necessidades e aos habitantes dessa região. O sistema educativo vigente, que tem abordagem e conteúdos de referências preponderantemente urbanos, desconsidera a realidade camponesa do educando em uma espécie de colonização mental que, ainda imaturo, pode levá-lo à desconexão com sua identidade e ao desprezo por sua origem. O Projeto Formação sociohistórica de jovens camponeses para inovação tecnológica no Semiárido Paraibano foi estruturado como um curso Pós-médio para jovens oriundos de assentamentos da Reforma Agrária, de áreas tradicionais e da agricultura familiar na Paraíba, para, compreendendo a dinâmica histórica da sociedade brasileira, no geral, e do Semiárido paraibano, em particular, se habilitarem a desenvolver técnicas e tecnologias inovadoras, sob os princípios da Agroecologia para convivência sustentável no território Semiárido da Paraíba. Com o decorrer do projeto, temos observado repercussão importante no sentido de transformações nas vidas desses jovens e de suas comunidades. Já foram formados 30 jovens e mais 28 estão em formação.