Os ovinos e caprinos são considerados animais rústicos, bem adaptados a climas adversos, isto do ponto de vista bioclimatológico, apesar disso, estão sujeitos a sofrer alterações fisiológicas quando expostas a elevadas temperaturas e umidades. Objetivou-se avaliar a tolerância ao calor de ovinos Santa Inês e caprinos Moxotó por meio da aplicação de testes de tolerância e avaliação das respostas fisiológicas, a fim de verificar se os animais são adaptados às condições climáticas, e qual espécie está mais bem adaptada. Foram utilizados 24 animais, (ovinos e caprinos), sendo 12 ovinos Santa Inês e 12 caprinos Moxotó, 6 machos e 6 fêmeas em ambas espécies (machos não castrados), com peso vivo médio inicial de 26kg, totalizando dois tratamentos (espécies) com doze repetições cada. A tolerância dos animais ao calor foi avaliada por meio dos testes de Baccari Júnior e Benezra, durante dois dias ensolarados. As médias das temperaturas retais obtidas antes do estresse (TR1) e uma hora após o estresse (TR3) foram aplicadas na fórmula do Índice de Tolerância ao Calor (ITC), e as médias das temperaturas retais e frequências respiratórias foram aplicadas na fórmula do Coeficiente de Tolerância ao Calor (CTC). O grau de adaptação dos ovinos Santa Inês, às condições de calor do semiárido, assemelha-se ao dos caprinos da raça Moxotó. A análise do coeficiente de tolerância ao calor e do índice de tolerância ao calor demostrou que os animais são adaptados ao ambiente e apresentam bom índice de tolerância ao calor, já que os mesmos dissiparam o calor rapidamente e restabeleceram suas temperaturas normais.