O banco de sementes pode ser definido como sendo o estoque de sementes viáveis existentes no solo e que são capazes de recompor o extrato vegetal de uma determinada área, variando de acordo com a entrada (dispersão) e saída (germinação ou morte) de sementes. A pesquisa foi conduzida em ambiente protegido (estufa) do Departamento de Agrárias e Exatas da Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha – PB, com o objetivo de analisar a composição florística do banco de sementes do solo em área de caatinga sob pastejo de ovinocaprinos. Foram coletadas 5 amostras de solo no início de setembro (época seca) de 2015, com moldura de ferro vazado de 0,30 x 0,30m e 2,0cm de profundidade, lançada de forma aleatória na superfície do solo. Após a coleta os solos foram distribuídos em bandejas plásticas e mantidos sempre úmidos para possibilitar a germinação, que foi acompanhada durante 6 semanas. A partir do terceiro dia as sementes começaram a germinar, emergindo um total 267 indivíduos nos solos pastejados por ovinocaprino, sendo possível observar que a espécie pioneira foi do gênero Brachiaria. A curva de germinação do banco de sementes mostrou um pico inicial (boom de germinação), seguido de um rápido declínio a pouco menos de um mês após início da irrigação. Foram registradas 25 espécies no banco de sementes do solo, que taxonomicamente distribuíram-se em 13 famílias. Das espécies identificadas observou-se que Brachiaria decumbens seguida por Portulaca oleracea L., apresentaram maior número de indivíduos germinados. As famílias Leguminosae e Poaceae apresentaram o maior número de espécies no banco de semente do solo sob pastejo ovinocaprino.