A água pode comprometer as funções vitais ou estimular as reações adaptativas, que são responsáveis pela adaptação das plantas nos períodos de escassez hídrica, o que a torna determinante da diversidade produtiva dos vegetais, portanto, a escassez de água na região semiárida do Nordeste traz consequências diretas ao desenvolvimento da vegetação local. Diversas estratégias são estudadas para a adequação de medidas satisfatórias que visam a diminuição dos efeitos negativos ocasionados pelo clima, pela irregularidade de chuvas favorecendo a permanência da vegetação no bioma da Caatinga. O objetivo deste artigo é apresentar algumas contribuições acerca da potencialidade de espécies arbóreas nativas da caatinga que tem a capacidade de reter água em regiões semiáridas, além de algumas formas de adaptação das espécies vegetais ao clima existente na região. Esse estudo foi realizado através de um levantamento bibliográfico elaborado com base nas informações disponíveis em relação às características climáticas, a escassez hídrica que assola o ambiente da Caatinga e às adequações morfológicas das plantas para a sobrevivência nessas situações. Para avaliar o perfil fisiológico dos vegetais utiliza-se o potencial hídrico, ou seja, sua estabilidade e eficiência no uso da água, com o propósito de garantir a permanência da mesma em regiões de escassez de água. Diante disso, o levantamento mostrou que espécies como Pseudobombax sp, conhecida popularmente como o embiraçu, Ziziphus joazeiro, o juazeiro, Burmelia sartorum, a quixabeira e a Schinopsis brasiliensis, a Braúna-do Sertão, apresentam um potencial hídrico eficaz. Além dessas espécies, destacam-se também a Ceiba glaziovii, conhecida popularmente como barriguda e a Spondias tuberosa, conhecida como umbuzeiro.