Este artigo apresenta como ponto de partida a reflexão sobre os novos temas da geografia escolar. Estudados na geografia acadêmica e transpostos para a Geografia Escolar, a preocupação inicial refere-se ao ponto de vista impresso nos textos dos livros didáticos, que apresentam uma única versão ou ponto de vista sobre os fenômenos. A preocupação surge também diante da forma como são abordados estes novos conteúdos, verificando-se que o isolamento, síntese e fragmentação são as formas mais encontradas, tanto nos livros didáticos como na prática de alguns professores. Nessa averiguação e reflexão atentamos para um exercício epistemológico da geografia, o que nos leva á construção de um pensamento que reflita os novos e tradicionais temas de forma interligada, contextualizada e próxima do aluno. O que se ressalta é a necessidade de uma abordagem dos temas que evidencie para o aluno diversos pontos de vista sobre um mesmo fenômeno, possibilitando uma análise da relação global e local. Neste sentido, apontamos como via para uma nova abordagem dos conteúdos uma reforma do pensamento, que desenvolva o pensamento sistêmico para uma melhor prática de ensino de geografia. Tratamos então especificamente do novo tema Energia Eólica inserido nos livros didáticos e no ensino de Geografia em diferentes níveis, porém ainda sob uma abordagem fragmentada e simplificada. Convergimos este tema para um pensamento complexo e indicamos aqui algumas vias que favoreçam um ensino contextualizado e que expresse os saberes geográficos. Este pensamento complexo que combate a forma fragmentaria de tratar os fenômenos, fundamentada por Edgar Morin, nos proporciona uma pesquisa multidisciplinar necessária para uma junção de diferentes aspectos para compreender as relações de interdependência entre os fenômenos, revelando o inter-relacionamento entre o global e o local.