O presente trabalho tem como objetivo principal discorrer sobre as manifestações que se mostram evidentes e subentendidas, de aspecto triangular, que perpassam o conto machadiano “A parasita azul”. De modo a perceber como ocorre a construção estilístico/literária dessa narrativa por meio da associação intrínseca que envolve certos elementos e termos em quantidade tripla. Para tanto, a fim de teorizar o fazer artístico de Machado de Assis, recorrer-se-á as postulações de autores como Massa (1971), Matos (1997), Bosi (1999), Candido (2011) e Lenzi (2015), dentre outros autores, que comentam, direta ou indiretamente, sobre a maestria machadiana na elaboração das narrativas curtas, desde a criação de personagens até a temática conteudística de suas produções. Nas considerações finais, percebe-se que o conto em questão corresponde a uma produção de crítica social velada, uma vez que Machado de Assis necessita agradar o público específico que lia seus textos, os quais eram publicados, normalmente, em jornais tradicionais e de família, conforme o contexto histórico e social dele.