As políticas de combate à seca e as estratégias de convivência com o semiárido historicamente que vem sendo desenvolvidas no Nordeste brasileiro e mais especificamente no Estado do Ceará enfrentam muitos desafios. Essas políticas são importantes, mas ainda não conseguem obter os resultados esperados, uma vez que a população continua a sofrer com as mazelas das grandes secas, em que rebanhos são dizimados e ocorre um decréscimo da qualidade de vida da população local. As estratégias de convivência vêm sendo desenvolvidas lentamente e a população em muitos casos não respeitam as potencialidades e limitações dos recursos naturais, por diversos motivos, inclusive contraditórios. Enquanto uns degradam por não ter outra opção de renda familiar, outros degradam na perspectiva de acumular capital, e ainda recebem incentivos governamentais. O resultado dessas ações é a intensificação e ampliação da degradação ambiental, principalmente nas áreas susceptíveis a desertificação. Desta feita, a problemática não consegue ser resolvida, não só referente à seca, mas principalmente relacionadas às condições socioeconômicas da população.