Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

NEGRO OU RAÇA AUTÔNOMA? O LUGAR SOCIAL DO PARDO NO BRASIL

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

O conceito de "pardo" no Brasil representa um desafio no contexto das ações afirmativas raciais, sendo considerado um dilema político e epistemológico. Tal termo liga-se à mestiçagem, envolvendo aspectos biológicos, mas também ideológicos e fenotípicos. Tradicionalmente, a mestiçagem foi vista como degeneração da raça branca; entretanto, no Brasil, significou "branqueamento" da nação, simbolizando harmonia racial, apesar de isso não ter se refletido na prática. Desse modo, mesmo com alguns privilégios em relação aos pretos, os pardos não gozam das mesmas garantias dos brancos, pois continuam vulneráveis ao racismo. Nesse contexto, movimentos negros defenderam a unificação de pardos e pretos na categoria "negro", sendo estabelecida pelo Estatuto da Igualdade Racial, mas o conceito de "pardo" continua de difícil definição, questionado tanto por negros quanto por brancos, especialmente quando os traços do indivíduo se aproximam dos de um branco, mesmo possuindo algumas características africanas. Além disso, movimentos como o Parditude e o Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro reivindicam o reconhecimento da identidade parda como uma etnia específica. Outro desafio é a mestiçagem com povos indígenas, já que nem todo pardo é afrodescendente: alguns têm origem indígena, o que os coloca em uma posição distinta no debate racial, mas não livre de opressão. Desse modo, considerar "pardos preto" e "pardos indígenas", poderia mitigar o apagamento da população indígena e evitar disputas internas envolvendo raça. Em suma, com o aumento das ações afirmativas raciais, torna-se urgente definir o lugar dos pardos, porque são os traços de sua ascendência que os afastam da branquitude e os fazem sofrer os impactos do racismo. Logo, reconhecer a negritude dos pardos é fundamental para unir forças e avançar na construção de uma sociedade antirracista. Portanto, separar os pardos como categoria autônoma enfraquece essa luta, reforçando a estratégia de dividir para dominar e perpetuar o pacto narcísico da branquitude.

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