A violência patrimonial está situada na contramão de um envelhecimento digno e saudável, pois se trata de uma violência praticada quando a vítima busca o provimento de necessidades básicas através dos seus recursos financeiros, mas, tem esse direito cerceado. Pretende-se, neste artigo, analisar as características e os reflexos da violência patrimonial sobre a qualidade de vida da pessoa idosa, identificando as potencialidades e limites da atuação dos órgãos responsáveis pelo tratamento desta questão, com destaque para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS e seu papel enquanto órgão integrante da Rede de Proteção. Metodologicamente, tomamos como ponto de partida a análise de um caso de violência patrimonial atendido pelo CREAS – Polo Regional de Tavares – PB, situado na região polarizada pelo município de Princesa Isabel – PB.Trata-se de uma pesquisa transversal de cunho qualitativo e de caráter descritivo. Os dados foram colhidos através de pesquisa bibliográfica e documental e sinalizam um alto índice de violência contra a pessoa idosa na região foco do estudo, bem como para a interface entre esse tipo de violência e as relações de gênero e familiares.Apontam também para a importância e limitações dos órgãos de proteção à pessoa idosa e, nesse sentido, podem contribuir para uma reflexão por parte de técnicos e formuladores de politicas publicas no sentido de dotar os serviços e ações já existentes de maior efetividade no combate a violência e na promoção de uma sociedade na qual os/as idosos/as tenham seus direitos reconhecidos e, de fato, implementados.