Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

JUVENTUDES LGBTQIAPN+: PERFORMATIVIDADES E NARRATIVAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA REDE FEDERAL DE ENSINO

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

O presente trabalho é um recorte de um estudo mais amplo, desenvolvido em um dos campi da Rede Federal de Ensino, no contexto alagoano, na modalidade de Iniciação Científica. A pesquisa “Juventudes LGBTQIAPN+: performatividades e narrativas de formação profissional na Rede Federal de Ensino”, iniciada em setembro de 2024 e finalizada em agosto de 2025, cuja centralidade se presta a compreender o percurso formativo por que passam discentes da comunidade LGBTQIAPN+, matriculados/as nas séries finais do Ensino Médio Integrado (EMI), acerca do currículo que lhes é ofertado e a sua interlocução com o mundo do trabalho. De natureza qualitativa, mobiliza análises sobre os processos formativos discentes em face de métodos integrativos, dentre eles: análise documental, estudo de caso, técnicas destinadas à geração de dados em grupos focais, com relatos autobiográficos. A investigação se inscreve numa perspectiva de estudos transdisciplinares, mobilizando, de forma emaranhada e transgressiva, saberes ligados à Educação, Linguística Aplicada Queer/Cu-ir e Sociologia da Educação. Numa abordagem pós-estruturalista de estudos linguísticos e sociais, conjugam-se conhecimentos científicos e empíricos, que trata da escola como uma instituição (re)produtora de micropoderes, de modo que os corpos e as suas vivências rompem com aquilo imposto pelo CIStema e com o que é proveniente da heteronormatividade compulsória, que os abjetam no espaço de formação profissional analisado. Apoiamo-nos na Linguística Aplicada Queer/Cu-ir, intencionando analisar como os modos de dizer/fazer podem operar como mecanismos de exclusão no locus investigado, do ponto de vista sociológico, enfatizamos as Juventudes, tendo em conta os seus marcadores sociais numa perspectiva de estudos interseccionais, em vista de como esses corpos concebem o percurso formativo acessado e o seu pertencimento à comunidade LGBTQIAPN+. Os resultados têm nos levado a evidenciar um currículo cisheteronormativo, que desconsidera esses corpos em vista de suas inserções qualitativas no mundo do trabalho.

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