INTRODUÇÃO: As alterações demográficas por que passa a população trouxeram como consequência um número significante de casos de doenças crônicas não transmissíveis, entre elas o câncer e, nas mulheres idosas, apresenta destaque o câncer de mama. Diante do contexto, esta pesquisa objetivou identificar o perfil sociodemográfico das idosas do Município de João Pessoa frente à prevenção do câncer de mama. METODOLOGIA: Estudo transversal, de abordagem quantitativa. A população foi composta de idosas cadastradas nas Unidades de Saúde da Família dos Distritos Sanitários de Saúde do Município de João Pessoa, com amostra de 322 idosas e os dados foram coletados no período de julho de 2013 a fevereiro de 2014, realizado nas Unidades de Saúde da Família do Município de João Pessoa. Os dados foram digitados numa planilha Excel e analisados utilizando-se o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences, versão 21.0. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da PUCRS, por meio da Plataforma Brasil, sob CAAE 12147813.0.0000.5336, tendo sido aprovado em 1º de junho de 2013. Foram obedecidos os critérios estabelecidos na Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, em vigor no país, que regulamentam pesquisa envolvendo seres humanos10. RESULTADOS: A faixa etária predominante foi a de 60 a 69 anos, seguida de 70 a 79 anos. A maioria das idosas não tem companheiro; professam a religião católica; possuem renda entre 1 a 3 salários mínimos, com moradia própria e ensino fundamental incompleto. O histórico clínico das idosas abrangeu as seguintes variáveis: número de filhos, idade da menarca e idade da menopausa. Observou-se que a grande maioria das idosas tem entre 3 a 4 filhos, seguido de 1 a 2 filhos, com menarca entre 12 e 15 anos e menopausa entre 40 e 50 anos. No que se refere aos casos de câncer na família, percebe-se que a maioria das idosas possui membro da família com diagnóstico de câncer, sendo os tipos de maior ocorrência de mama e de útero. Para estes eventos, o grau de parentesco em destaque foi irmão (ã), seguido de mãe. CONCLUSÕES: O estudo revelou que as idosas do estudo em tela, apresentam histórico clínico de câncer na família, com frequência maior nas neoplasias de mama e útero, desse modo, constatou-se a necessidade de apoiar a prática de assistência guiada por políticas regionais.
*Artigo oriundo da tese intitulada: MÉTODOS DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA: CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE MULHERES IDOSAS.