Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

DIÁLOGOS E FRONTEIRAS NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PAISAGENS TERRESTRES

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Este trabalho propõe uma análise crítica da relação entre relevo e solo na construção do conhecimento geográfico, com base em uma abordagem epistemológica e historiográfica voltada à leitura integrada da paisagem terrestre. Parte-se do pressuposto de que os processos de modelagem do relevo e de formação dos solos, apesar de intrinsecamente interligados, foram muitas vezes tratados de maneira compartimentada no interior da Geografia Física, tanto no plano da ciência quanto do ensino. O objetivo central da pesquisa é compreender como essa separação – e os eventuais diálogos – entre campos como a geomorfologia e a pedologia foram historicamente instituídos, e de que modo isso influencia ainda hoje a leitura e a representação das paisagens geográficas. Para isso, realiza-se uma revisão bibliográfica crítica, com ênfase nos marcos teóricos da Geografia Física clássica e contemporânea, com destaque para autores como William Morris Davis, Walther Penck e Jean Tricart no plano internacional, bem como Aziz Ab’Saber, Carlos Augusto Monteiro e Jurandyr Ross no contexto brasileiro. Também são analisados documentos curriculares, manuais técnicos e propostas pedagógicas utilizadas em cursos de graduação em Geografia, buscando compreender em que medida a fragmentação entre o estudo do solo e do relevo ainda persiste nas práticas formativas. A análise revela que, embora a tradição geográfica brasileira tenha avançado significativamente na leitura sistêmica da paisagem – especialmente a partir do conceito de geossistema e das propostas morfopedológicas –, a segmentação entre abordagens morfodinâmicas e pedogenéticas continua presente, dificultando uma abordagem holística da paisagem. Tais limites decorrem não apenas de escolhas teórico-metodológicas, mas também de uma institucionalização fragmentada do saber geográfico ao longo do século XX. Argumenta-se, portanto, pela necessidade de recuperar e fortalecer abordagens integradoras, que reconheçam a complexidade das relações solo-relevo, tanto nos estudos aplicados (como planejamento territorial e análise ambiental) quanto no ensino da Geografia Física. A leitura integrada da paisagem, a partir da articulação entre formas do relevo, processos pedogenéticos e unidades morfopedológicas, constitui-se como um caminho promissor para consolidar uma epistemologia geográfica plural, crítica e enraizada nas especificidades do espaço brasileiro. Este trabalho se insere no GT 01 – Intemperismo, solos e paisagem, ao buscar refletir sobre as conexões históricas, conceituais e metodológicas entre os processos que moldam a superfície terrestre e as formas de representá-los cientificamente.

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