Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA NA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE INUNDAÇÃO NA BACIA DO MARANGUAPINHO, CEARÁ, BRASIL.

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

As áreas urbanas situadas em bacias hidrográficas têm apresentado vulnerabilidades crescentes frente à intensificação dos eventos de inundação, processo agravado pela impermeabilização dos solos, ocupação desordenada e alterações nos sistemas naturais de drenagem. No contexto de Fortaleza/CE, a bacia hidrográfica do rio Maranguapinho representa uma área crítica para a compreensão dos riscos hidrológicos urbanos, devido ao seu histórico de enchentes recorrentes e à ocupação desordenada, em destaque, nas margens do rio. O presente estudo teve como objetivo calcular o tempo de retorno de eventos extremos e avaliar o potencial de inundação da bacia através de vazão de pico, utilizando dados morfométricos e hidrológicos. O referencial teórico-metodológico adotado utilizou-se da probabilística de eventos extremos considerando tanto a magnitude quanto a frequência de precipitações intensas no planejamento ambiental e urbano (Nogueira et al. 2016) integrado com a análise de produtos de sensoriamento remoto, como imagens de satélite e modelos digitais de elevação (MDE), e a coleta e tratamento de dados pluviométricos de três postos monitorados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), sendo estes: Pici, Maracanaú, e Maranguape, abrangendo um recorte temporal que data de 1992 a 2024. Além disso, foi aplicado uma modelagem hidrológica simplificada tendo como base o tempo de concentração, intensidade da chuva corrigida, vazão de pico e volume hídrico escoado. Com base nos dados obtidos, a bacia apresenta área de drenagem de 213,869km², com comprimento do canal principal de 47.016 metros e declividade média de 0,7%, além disso, foram estimados o tempo de concentração(Tc) de 7,48 horas e a precipitação máxima diária média foi de 184,9 mm. A partir disso, a vazão de pico foi calculada em 15.707m³/s, enquanto o volume escoado alcançou 31.590.213m³, logo, a resposta hidrológica caracteriza-se como moderadamente lenta, típica de grandes bacias, porém a magnitude dos volumes escoados e das vazões de pico revela elevado potencial de transbordamentos em eventos extremos, principalmente diante da limitada capacidade de drenagem da infraestrutura urbana. A análise comparativa das intensidades de chuva revelou um cenário crítico, enquanto chuvas consideradas "violentas" possuem intensidades superiores a 50 mm/h (OMM, 2008), a intensidade de precipitação corrigida da bacia chegou a 331,79mm/h, um valor consideravelmente elevado, reforçando a urgência de medidas preventivas. As análises morfométricas evidenciaram que a baixa declividade do canal favorece a formação de lâminas de inundação e a persistência de alagamentos em áreas adjacentes, logo, a vulnerabilidade da bacia do Maranguapinho decorre tanto de suas características hidromorfológicas quanto da intensa urbanização. Ressalta-se que os cálculos se baseiam em um tempo de retorno de 34 anos, o que corresponde a uma probabilidade anual de 2,94% de ocorrência do mesmo evento extremo ou de outros ainda mais severos. Considera-se que o diagnóstico hidrológico abordado contribui para o aprimoramento das estratégias de gestão de riscos e ordenamento territorial, destacando a necessidade de investimentos em infraestrutura verde, recuperação de áreas de várzea e implementação de políticas públicas voltadas à adaptação às dinâmicas fluviais.

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