Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

DO HOLOCENO AO PRESENTE: A EVOLUÇÃO DE UMA BARREIRA RETROGRADANTE SOB DIFERENTES ESCALAS DE ANÁLISE

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A diversidade morfológica das barreiras costeiras reflete a interação entre os fatores geológicos, oceanográficos e morfodinâmicos, atuando em distintas escalas espaciais e temporais. Nesse sentido, a conexão entre as perspectivas geológica e histórica, mostra-se essencial para a compreensão do comportamento desses sistemas, especialmente diante das mudanças climáticas e das projeções futuras de aumento do nível relativo do mar. As pesquisas, portanto, são orientadas conforme as escalas de espaço e tempo, uma vez que o sistema geomorfológico resulta da sobreposição de diversos processos que operam em múltiplas dimensões escalares. Inserido nesse contexto, o estudo teve como objetivo investigar o comportamento da barreira retrogradante localizada no Complexo Deltaico do Rio Paraíba do Sul (CDRPS), com base nas respostas geomorfológicas da linha de costa (LC) e nos aspectos da evolução geológica da barreira. Para atingir este objetivo, adotou-se uma abordagem integrada. O enfoque geológico foi conduzido por meio de perfis geofísicos (Ground Penetrating Radar-GPR), datações por espectrometria de massa com acelerador (AMS) e sondagens geológicas. Já a abordagem histórica centrou-se na análise dinâmica da linha de costa entre 1984 e 2020, aliada à interpretação de perfis topográficos de praia. Visando compreender a influência de eventos extremos no comportamento da barreira em curto prazo, foram utilizados os dados do modelo Wave Watch III, boletins de aviso de ressaca (Marinha do Brasil) e cartas sinóticas. A análise da arquitetura deposicional revelou um empilhamento em direção ao continente desde aproximadamente 6700 anos AP, durante o Holoceno médio, indicando dominância de fluxos sedimentares para o reverso da barreira. Mesmo após a estabilização e posterior queda relativa do nível do mar nos últimos 5,5 ka, o sistema manteve características retrogradantes, atribuídas principalmente ao déficit sedimentar e à frequência de processos de transposição de ondas. Complementarmente, entre 2018 e 2021, foram mapeados 52 eventos de tempestade, dos quais 10 resultaram na formação de leques de transposição identificados em imagens PlanetScope (resolução de 3m). Essas feições foram mais frequentes em setores de baixa altitude (<5 m), e em locais com maior recuo da LC. A análise das cartas sinóticas e boletins da Marinha do Brasil permitiu caracterizar os padrões atmosféricos associados, destacando a atuação de frentes frias e ciclones extratropicais na formação destas feições. A integração dos dados evidencia que a retrogradação da barreira é impulsionada por mecanismos que operam em diferentes escalas, dos milênios às tempestades sazonais. Em um cenário de mudanças climáticas, a continuidade do processo de migração em direção ao continente pode ser um problema em áreas urbanizadas. Por outro lado, a proteção legal da paisagem costeira por meio do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba oferece uma oportunidade singular de monitoramento da resiliência das barreiras arenosas frente à intensificação das tempestades e à elevação do nível do mar.

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