Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

ARRANJOS GEOMORFOLÓGICOS-PEDOLÓGICAS-CRONOLÓGICOS INUSUAIS NA EVOLUÇÃO DE PLANÍCIE FLUVIAL VINCULADA A REGISTROS DE OCUPAÇÃO HUMANA INICIAL NO SUDESTE DO BRASIL

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Com o objetivo de analisar as relações entre solo e relevo, foram abertas quatro unidades de escavação em dois terraços fluviais do rio Jacaré-Guaçu, em área de sítio arqueológico lítico pré-colonial. Nessas unidades, coletaram-se: (1) amostras indeformadas para análises micromorfológicas e (2) sedimentos para datações por LOE (Luminescência Opticamente Estimulada). Os dados obtidos foram posteriormente integrados à caracterização macromorfológica dos solos e à compartimentação do relevo local. No terraço fluvial mais baixo (altitude entre 482 e 483 metros), a análise micromorfológica de um paleossolo revelou um padrão porfírico com expressivos revestimentos de argila, característicos de processos de iluviação intensos. Essas evidências levaram à reclassificação do horizonte anteriormente descrito como Cg (com base na análise macromorfológica) para Bt, típico de Luvissolos. Isso indica que, apesar da localização atual em área próxima à planície de inundação, o paleossolo se formou sob condições de boa drenagem. As datações LOE dos sedimentos relacionados a esse paleossolo indicam sua formação no Pleistoceno Tardio, entre 115 mil e 20 mil anos atrás. Por outro lado, no terraço mais alto (487–490 m), foram identificados paleossolos hidromórficos, com padrão micromorfológico quitônico dominante, abundância de nódulos, distribuição granulométrica bimodal e inversão textural. As análises LOE dos sedimentos deste terraço apontam idades de deposição entre 12,4 mil e 8,8 mil anos, correspondentes ao final do Pleistoceno e início do Holoceno. Artefatos de rocha lascada foram encontrados concentrados tanto rente a cascalheiras e na transição de diferentes paleossolos em ambas as unidades de escavação. A integração dos dados micromorfológicos, cronológicos, arqueológicos e geomorfológicos revelou uma dissociação entre formas de relevo e os materiais associados. O terraço mais elevado, classificado como fill terrace, preserva formas, depósitos e paleossolos mais recentes, desenvolvidos sob condições de drenagem deficiente, atribuídos a uma elevação do nível do rio (~7 m) durante a transição Pleistoceno-Holoceno. Já o terraço mais baixo, um cut terrace, apresenta formas associadas a um corte erosivo, resultado de uma incisão (~10 m) e deslocamento lateral (~500 m) do rio no Holoceno. Esse processo exumou um paleossolo mais antigo, do período Eemiano, desenvolvido em ambiente bem drenado. Paleosuperfícies formadas ao longo destas sucessões de transformações mostram-se evidenciadas pelas concentrações de artefatos líticos. Esses resultados indicam associações pedológicas, geomorfológicas e cronológicas incomuns para planícies aluviais do Sudeste brasileiro, onde solos mais antigos estão expostos em níveis topograficamente inferiores, enquanto formas de relevo e solos mais jovens ocorrem em cotas mais altas.

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