Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

ESTIMATIVA DA PERDA DE SOLO NA BACIA DO RIBEIRÃO SANTO INÁCIO (PR) DURANTE O EL NIÑO DE 2015/2016

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, o norte do Paraná registrou precipitações pluviométricas intensas associadas ao fenômeno El Niño (EN 15-16), o que contribuiu para a ruptura da estabilidade dos geossistemas regionais (Montanher et al., 2023). Diante desse contexto, este estudo tem como objetivo estimar a taxa de perda de solo por erosão hídrica laminar, em escalas mensal e semestral, durante o período de maior intensidade do EN 15-16, na bacia do Ribeirão Santo Inácio, no norte do estado do Paraná. A predição foi fundamentada na Equação Universal de Perda de Solo (USLE), proposta por Wischmeier e Smith (1978). Para tanto, o fator R (erosividade das chuvas, em MJ mm ha?¹ h?¹) foi obtido por meio do tratamento e da interpolação dos dados de dez estações pluviométricas, disponibilizados pelo Instituto das Águas do Paraná – Sistema de Informações Hidrológicas (SIH). O fator K (erodibilidade dos solos, em t h MJ?¹ mm?¹) foi definido com base nos valores calculados por Bonifácio (2019) para os solos da região. O fator LS (declividade e comprimento da rampa, adimensional) foi derivado a partir do processamento do Modelo Digital de Elevação (MDE), fornecido pelo TOPODATA–INPE. Por fim, para o fator CP (cobertura do solo e práticas conservacionistas, adimensional), foram adotados, predominantemente, os valores sugeridos por Tomazoni e Guimarães (2005). Os resultados demonstram que, dentro do período analisado, setembro/2015 apresentou a menor taxa de perda de solo, que raramente ultrapassou 12 ton/ha.mês. Tal resultado está diretamente relacionado à baixa erosividade das chuvas nesse mês, com máximo de 990 MJ mm ha?¹ h?¹. Em contrapartida, os meses de nov/2015, jan/2016 e fev/2016 registraram as maiores taxas de perda, onde os valores, quando excedente a 3 ton/ha.mês, predominantemente maiores a 20 ton/ha.mês, com picos superiores a 50 ton/ha.mês em algumas áreas, embora com menor frequência (Figura 1). Quanto ao acumulado para o semestre (entre set/ 2015 e fev/2016), de modo geral, as maiores taxas de perda de solo estão associadas às cabeceiras de drenagem de cursos d’água de primeira ordem hierárquica, com índices superiores a 50 ton/ha.semestre, e ao entalhe da rede de drenagem, onde as taxas preditas situaram-se predominantemente entre 3 e 20 ton/ha.semestre (Figura 2). Nessas áreas, especialmente nos anfiteatros, o fator LS foi o que melhor explicou a variação observada, embora atue em conjunto com os elevados valores do fator C, característicos de áreas majoritariamente destinadas ao cultivo de cana-de-açúcar, e com o fator K, influenciado pela ocorrência de Argissolos a partir do segmento médio das vertentes. Apesar de se referirem à erosão laminar, os altos índices estimados nessas áreas coincidem com feições erosivas lineares, sugerindo intensificação dos processos morfodinâmicos. Além disso, observou-se a concentração de índices superiores a 20 ton/ha.semestre no baixo compartimento da unidade hidrográfica, fortemente influenciados pelo uso da terra, especialmente em extensas áreas com solo exposto. Os resultados obtidos reforçam a influência da variabilidade climática sobre os processos erosivos, em conjunto com a variação espaço-temporal das formas de uso da terra, que acompanham o calendário agrícola da região.

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