Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

INFLUÊNCIA DE FALHA INVERSA NA DINÂMICA FLUVIAL E NA SUSCETIBILIDADE À EROSÃO DA BACIA DO RIO MACHADO

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

A erosão é um processo fundamental na evolução das paisagens, sendo influenciada por fatores tectônicos que condicionam a morfodinâmica das bacias hidrográficas. Este estudo investiga a influência de falhas inversas na dinâmica fluvial e na suscetibilidade à erosão da bacia do rio Machado, localizada no sul de Minas Gerais. Com 1.179,79 km², essa bacia é uma sub-bacia do rio Sapucaí e se estende do Planalto de São Pedro de Caldas até sua confluência no reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas. A metodologia baseou-se na análise integrada da geologia e de parâmetros morfométricos para avaliar a relação entre a tectônica e tendências erosivas. Foram analisadas duas falhas inversas que interceptam a bacia, correlacionando-as com variações na declividade do relevo, na densidade de lineamentos estruturais e em métricas de gradiente fluvial, como o normalized steepness index (ksn) e o channel–hillslope integration (?). Além disso, foram aplicados índices como densidade de drenagem (Dd), densidade hidrográfica (Dh) e fator de simetria topográfica transversa (FSTT) para identificar padrões de escoamento superficial, infiltração e deslocamento do canal principal. Os dados foram extraídos do Modelo Digital de Elevação Copernicus GLO-30 (30 m de resolução) e processados nos softwares Matlab 2021a, ArcGIS v.10.8, PCI Geomática 2016, RockWorks 17 e Global Mapper 23. Os resultados demonstram que as falhas inversas exercem forte controle sobre a dinâmica fluvial e a suscetibilidade erosiva da bacia (Figura 1). Os elevados valores de Dh (2,00 a 3,08 canais/km²) estão associados a áreas de maior declividade, especialmente nas escarpas planálticas controladas por falhas de cavalgamento, onde o escoamento superficial é intensificado, elevando a suscetibilidade à erosão (Figuras 1A e 1B). A distribuição da Dd, com média de 1,90 km/km², indica um relevo fragmentado e um escoamento relativamente homogêneo entre os tributários (Figura 1C). O FSTT evidencia assimetrias na rede de drenagem, deslocando o canal principal em direção ao eixo médio da bacia após a interseção com falhas inversas. A concentração de lineamentos estruturais próximos a essas falhas sugere um controle tectônico sobre a dissecação do relevo, refletindo-se em vertentes mais íngremes devido a ajustes erosivos a montante. O diagrama de rosetas indica predominância de lineamentos na direção 45º a 225º, coerente com a orientação da falha inversa NW-SE a NWW-SSE. Perfis longitudinais e gráficos ?-plots revelam correlação entre valores de ksn e deformações estruturais, evidenciando processos erosivos que rejuvenescem a topografia (Figuras 1D, 1E e 1F). Os resultados indicam que as falhas associadas ao ciclo Brasiliano-Pan-Africano e suas reativações pós-orogênicas controlam a evolução morfoestrutural e a dinâmica erosiva da bacia. Além disso, demonstram que índices morfométricos tradicionalmente aplicados a estudos de evolução da paisagem podem ser incorporados a modelagens ambientais voltadas à identificação da suscetibilidade erosiva de bacias hidrográficas. Destaca-se, em particular, o ksn, que delimita setores de maior incisão fluvial em leito rochoso, refletindo na dissecação do relevo e no aumento do declive das vertentes adjacentes. A distribuição dos índices analisados permite inferir a relação entre estrutura tectônica e evolução erosiva da bacia, contribuindo para a compreensão da dinâmica hidrogeomorfológica em ambientes tectonicamente influenciados¹.

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