Introdução:
Com um maior número de pessoas idosas, cresce o número de doenças crônicas não transmissíveis, comuns na terceira idade, podendo ser acompanhadas por sequelas, que limitam o desempenho funcional e geram dependência. (4)
Nesta perspectiva, este estudo tem por objetivo descrever o perfil sociodemográfico e as condições de saúde da pessoa idosa e avaliar a capacidade funcional em idosos residentes em domicílio.
Metodologia:
Trata-se de um estudo transversal do tipo coorte, com abordagem quantitativa. A população estudada foi composta por 38 idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, cadastrados na Unidade Básica de Saúde localizada no centro da cidade de Santa Cruz – RN. As coletas de dados foram realizadas no período de Agosto a Outubro de 2014.
Foram aplicados os questionários constituídos por dados sociodemográficos e condições de saúde e avaliação da capacidade funcional.
Para avaliar a capacidade funcional foi utilizado o Índice de Barthel, o qual é composto por 10 atividades básicas de vida diária: alimentação, banho, higiene pessoal, vestir-se, intestino, bexiga, transferência para higiene íntima, transferência - cadeira e cama, deambulação e subir escadas. O escore correspondente à soma de todos os pontos obtidos, sendo considerado independente o indivíduo que atingir a pontuação total, isto é, 100 pontos. Pontuação maior que 60 corresponde a dependência leve, menor ou igual a 60 e maior que 40 dependência moderada, menor ou igual a 40 e maior ou igual a 20 dependência grave e abaixo de 20 indicam dependência total.
O presente trabalho foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (parecer 308.776), e obedeceu às normas éticas exigidas pela Resolução nº 196, 1996 (Conselho Nacional de Saúde).
Resultados e Discussão:
Dos 38 idosos avaliados, 21% eram do sexo masculino e 79% do sexo feminino. Quanto à idade, 16% tinham entre 60 a 70 anos, 47% de 70 a 80 anos e 37% acima de 80 anos. Com relação ao estado civil, 32% eram casados, 26% solteiros, 37% viúvos e 5% separados. O tipo de renda predominante foi a aposentadoria 84%.
Quanto à presença de alguma doença, 87% relatou apresentar algum tipo de patologia e 13% não apresentou. Dos que relataram ter alguma doença, a metabólica foi a mais prevalente 70%, sendo a hipertensão a mais frequente, presente em 50% dos idosos. Com relação à presença de sequelas, ela esteve presente em 32% dos casos.
Com relação à capacidade funcional, 50% eram independentes e 50% apresentou algum tipo de dependência, desses 37% possuía dependência leve, 5% dependência moderada, 5% dependência grave, e 3% apresentou dependência total.
É possível perceber que nas alterações relacionadas com a idade, estão a presença de fatores de risco e a ocorrência de doenças crônico-degenerativas, que determinam para o idoso o grau de dependência relacionado com a perda da autonomia e dificuldade de realizar as AVD’s. (8)
Conclusões:
Foi possível perceber que 50% dos idosos apresentaram algum tipo de dependência funcional, e a presença de alguma doença esteve presente em 87% dessa população, sendo as doenças metabólicas as mais prevalentes, entre elas, a hipertensão foi a mais frequente, presente em 50% dos casos.