As doenças crônico-degenerativas são frequentemente encontradas entre os idosos, as quais estão diretamente relacionadas com maior incapacidade funcional, o que torna relevante identificar o risco do desenvolvimento dessas doenças ou de torná-las mais graves, precocemente. Isso é possível a partir da avaliação adequada do estado nutricional, a qual deve considerar as especificidades de cada indivíduo idoso. Objetivou-se com este trabalho avaliar o estado nutricional e a prevalência de doenças em um grupo de idosos do município de Cuité, no estado da Paraíba, Brasil. Foi realizada uma mini avaliação nutricional com os participantes do grupo de idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Familiares do município Cuité-PB, em fevereiro de 2013, e aplicado um questionário para obter dados relacionados à presença de patologias e os dados antropométricos. Os participantes foram pesados e medidos para análise do Índice de Massa Corporal (IMC). Também foi realizada a avaliação das dobras cutâneas dos participantes. Para facilitar a análise descritiva, foi utilizado o software Excel do pacote Microsoft Office. A média do (IMC) encontrada no grupo de idosos foi de 26,0 kg/m², mas especificamente 44% encontravam-se com peso adequado para a altura (eutrofia), 44% com sobrepeso/obesidade e 12% com desnutrição. A maioria dos idosos apresentou o percentual de gordura abaixo da média. Sobre a prevalência de doenças, as mais citadas foram: hipertensão, dislipidemias, diabetes, problemas para defecar, doenças ósseas (osteoporose e dores em geral) e outras. A partir desse estudo é possível perceber a relação entre o alto índice de massa corporal acima dos valores de referência para normalidade apresentado pelos idosos, com a alta prevalência de sobrepeso e obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis, confirmando assim, a importância da avaliação antropométrica na prevenção do surgimento dessas patologias. O estudo mostrou-se necessário a elaboração de medidas de proteção aos idosos, sobre tudo, a elaboração de ações que estimulem um estilo de vida saudável destinadas não só aos idosos, mas também, aos adultos para prevenir e ou diminuir a incidência de doenças crônicas não transmissíveis na terceira fase de vida.