Introdução: O Brasil se destaca pelo alto índice de crescimento da população acima de 60 anos, tendo os idosos como protagonistas do segmento que mais cresce. O processo de envelhecimento vem sendo marcado por uma população idosa mais vulnerável ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, com a prevalência da Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Objetivo: O trabalho objetivou-se em descrever, a partir de um relato de experiência vivenciada por Residentes Multiprofissionais em uma atividade de educação nutricional, os hábitos alimentares de um grupo de idosos portadores de DM e HAS, no município de Mossoró/RN. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de caso, de caráter qualitativo, avaliado por meio de uma reflexão crítica sobre a atividade de educação nutricional com a utilização de um bingo alimentar, conduzida pela equipe de Residentes Multiprofissionais em Atenção Básica e Saúde da Família e Comunidade, realizada com o grupo de idosos do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), na cidade de Mossoró/RN, em maio de 2015. Resultados e Discussão: A variável analisada na pesquisa se refere aos hábitos alimentares adotados pelos idosos portadores de DM e HAS, pela observação dos relatos dos alimentos que são ou não consumidos por eles, categorizados pela equipe como "saudável" ou "não saudável", realizados durante a dinâmica do bingo alimentar. O desenvolvimento de estratégias lúdicas e de caráter pedagógico se faz necessária no campo da educação popular5, visto que a maioria dos relatos poderia ter outro contexto se as informações corretas fossem repassadas à população de forma mais frequente, buscando a conscientização dos indivíduos frente à substituição dos alimentos "não saudáveis" por aqueles que contribuem para a o controle de suas patologias. Conclusão: Os resultados obtidos permitiram constatar a importância das atividades de educação nutricional no período de transição demográfica em que o Brasil se encontra, visando a promoção e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis na terceira idade, enaltecida pelos resultados favoráveis que a utilização de aparelhos sociais como instrumento integrador para os usuários podem trazer à população, no sentido de aumentar o acesso à saúde e informação, bem como o atendimento integral no território, onde o idoso se destaca como sujeito ativo e participativo nesse processo.