INTRODUÇÃO: As ações da enfermagem se constituem em um cuidar de modo holístico, com compromisso ético, revestido de atitudes de respeito,carecendo dos enfermeiros entendimento e compreensão,em especial quando se trata do cuidado de idosos.O número de idosos,no Brasil,está aumentando consideravelmente nos últimos anos como consequência do aumento da expectativa de vida e da redução das taxas de natalidade e, também, devido aos avanços que o sistema de saúde vem conquistando.Projeções da Organização Mundial de Saúde,para o ano de 2025,colocam o Brasil entre os dez países do mundo em numero de idosos.O idoso hospitalizado apresenta maior cronicidade de patologias,que podem interferir no tratamento, no prognóstico e no tempo de recuperação, podendo fazer com que esse paciente acabe necessitando de tratamento intensivo.Nesse sentido, a enfermagem na UTI precisa estar preparada para a abordagem dos pacientes que nela internam,com enfoque não só na patologia, mas também nos aspectos psicológicos, sociais e culturais,objetivando o atendimento integral Considerando estes aspectos, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de discentes do último ano de Enfermagem no cuidado a idosos internados em UTI.METODOLOGIA:Relato de experiência, sistematizado a partir das vivências de discentes de Enfermagem atuantes em estágio extracurricular em uma UTI,de um hospital situado na região Nordeste do Brasil,na assistência de pacientes idosos.RESULTADOS E DISCUSSÃO:Nas UTI o cuidado tem seu foco especificamente a pessoas com patologias complexas e de alta gravidade, exigindo constante vigilância do estado de saúde do paciente por toda equipe multiprofissional.Durante o atendimento ao paciente idoso,o profissional de saúde vivenciava diariamente circunstâncias em que o paciente se encontrava em situações de angústia e ansiedade, como o medo da morte e o afastamento do convívio familiar.Nessas ocasiões a enfermagem tornava-se referência, apoiava, promovia diálogo e momentos de escuta, procurando entender suas angústias e anseios.Para isso, os profissionais, em especial os da enfermagem, devem resgatar os valores e a essência da humanização no cotidiano de seu trabalho, reforçando-se a ideia de que eles são as colunas da construção dessa mudança, que por sua vez necessita de incentivos e valorizações.Na realização do cuidado, a enfermagem, ainda, se deparava com as questões relativas aos pudores e o constrangimento que o paciente idoso tinha diante da necessidade de internação, especialmente de estar despido. Isso podia acarretar desânimo, medos, angústias, perda da liberdade e preocupação com o que o profissional podia pensar ao seu respeito. Desse modo, cabia ao enfermeiro exercer sua atividade de modo respeitoso e realizando as devidas explicações do porque de tal conduta.É necessário que os profissionais que atuam neste meio, em especial da enfermagem, possibilitem aos pacientes e familiares passarem por estes momentos da maneira menos agressiva possível, diminuindo, assim, possíveis traumas decorrentes do período de internação.CONCLUSÕES:Com a intenção de contribuir para a melhoria do cuidado ao paciente idoso internado na UTI é necessário que a enfermagem garanta que os direitos deste sejam respeitados e que as rotinas e os controles em excessos,a informatização e toda a burocratização não interfiram na dedicação,na atenção,no carinho e no diálogo,atributos que fazem a diferença durante a assistência.