A degradação ambiental está intimamente associada à perda de cobertura vegetal e à redução da produtividade primária, resultantes das atividades econômicas que afetam negativamente os ecossistemas. Este estudo se concentra na análise da Ecodinâmica dos sistemas ambientais e na distribuição espacial da vegetação no Sertão de Itaparica, Pernambuco. A pesquisa abrange os municípios de Belém de São Francisco, Itacuruba, Floresta, Carnaubeira da Penha e Cabrobó. Utilizando a abordagem Geossistêmica, o estudo oferece uma visão integrada da dinâmica ambiental, permitindo uma compreensão das modificações e interações nos sistemas ecológicos da região. A análise da Ecodinâmica é crucial para entender como as diferentes áreas respondem às condições ambientais e às intervenções humanas. Os resultados destacam que a Ecodinâmica das Serras secas, as áreas inclinadas das depressões sertanejas e as planícies fluviais exibem padrões variados de vegetação. No entanto, as depressões dos rios Pajeú e Moxotó mostram níveis elevados de degradação e instabilidade ecodinâmica, com solos expostos e áreas de vegetação arbustiva e herbácea que indicam uma tendência à biostasia. Essas áreas, fortemente impactadas pela degradação, exigem estratégias para mitigar a erosão do solo, restaurar o potencial ecológico e promover um uso sustentável da terra. Embora a degradação histórica ainda seja significativa, a presença de vegetação herbácea-arbustiva e fragmentos de Caatinga conservada sugere um potencial de recuperação. No entanto, a realização desse potencial está condicionada a desafios substanciais, principalmente devido às condições socioeconômicas vigentes, uma vez que o modo de produção capitalista já consolidado, fomenta os processos de degradação do ambiente. A compreensão detalhada da Ecodinâmica dos sistemas ambientais é essencial para formular e implementar medidas eficazes para a recuperação e preservação da região.