Para o seu adequado funcionamento fisiológico, o organismo humano mantém a temperatura corporal entre 36,1°C e 37,2°C por meio de mecanismos de termorregulação. Sob condições climáticas em que pouco ou não se recorre a quaisquer mecanismos, define-se uma situação de conforto térmico, o que é mensurado por índices que, ao adotarem métodos e critérios interpretativos específicos, podem alcançar resultados distintos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi comparar os resultados obtidos a partir da aplicação dos índices de Temperatura Efetiva (TE) e Temperatura Efetiva com Vento (TEv) à cidade de Itajubá/MG. Para tanto, realizaram-se transectos móveis que coletaram dados de temperatura e umidade relativa do ar, às 21 horas, em 32 e 48 pontos na cidade durante os episódios de 23 a 26/07/2022 e 26 a 29/12/2023, respectivamente. Em seguida, foram calculados os índices para cada ponto e obtida a frequência das classes de sensação térmica. No inverno, ambos os índices indicaram estritamente desconforto ao frio. O TE classificou 58,9% dos registros em “pouco frio” e 35,9% em “ligeiramente frio”, ao passo que o TEv chegou ao 5,5% “frio”. No verão, o TEv maximizou a influência dos ventos, de modo que classificou 100% dos registros do dia 27 em “ligeiramente frio”, ao passo que, segundo o TE, predominou a classe “ligeiramente fresco”. Portanto, visto que o TEv tendeu a registrar um desconforto mais intenso e frequente ao frio, o TE se mostrou mais adequado para avaliar o conforto térmico na cidade.