As mudanças climáticas representam o maior desafio da humanidade atualmente, exigindo uma rápida mobilização da sociedade devido à aceleração dos seus efeitos nos últimos anos. Efeitos previstos pelos modelos climáticos para ocorrerem somente em 30 a 50 anos já estão ocorrendo, intensificando a necessidade de acelerar o processo de adaptação ao novo clima. Nesse cenário, o clima, seus eventos extremos e variações estão cada vez mais demandando respostas não apenas da ciência, mas também de políticas públicas que abranjam níveis local, nacional e global. O principal objetivo deste artigo é analisar como os 21 municípios do Rio Grande do Norte inseridos no recorte territorial da Unidade de Planejamento Hidrológico Seridó (UPH Seridó RN) incorporam a questão socioambiental e climática em suas agendas político-governamentais. Metodologicamente, foi realizada uma abordagem quanti-qualitativa. Os dados quantitativos foram obtidos a partir de três fontes principais: a plataforma Monitoramento de Seca para o Brasil do Cemaden, a plataforma AdaptaBrasil MCTI e a base de dados MUNIC do IBGE. Quanto aos dados qualitativos, estes foram obtidos por meio de pesquisa documental. Os resultados discutidos neste artigo indicam que os municípios não apresentam iniciativas para lidar com as mudanças climáticas. Conclui-se que os municípios não estão adotando medidas de gestão adaptativa como uma estratégia preventiva para enfrentar os potenciais desafios das mudanças climáticas globais.