Este estudo aplicou a Equação Universal de Perda de Solos Revisada (RUSLE) para quantificar a perda de solos na bacia hidrográfica do Rio Goitá, localizada na Zona da Mata de Pernambuco. A substituição da vegetação nativa por atividades econômicas, como a agricultura e o crescimento urbano, tem aumentado a vulnerabilidade do solo à erosão, destacando a necessidade de métodos precisos para avaliar e mitigar esse fenômeno. A RUSLE, baseada na USLE, foi escolhida por sua capacidade de integrar variáveis cruciais: erosividade da chuva (R), erodibilidade do solo (K), comprimento e declividade da vertente (LS), uso e manejo do solo (C) e práticas de conservação (P). Os fatores R, K, LS, C e P foram calculados utilizando dados climáticos, índices de vegetação e dados topográficos específicos da área de estudo. Os resultados indicaram uma perda média anual de solo de 126,38 t/ha/ano, com valores máximos atingindo 69.240,75 t/ha/ano, embora essas áreas de erosão extrema representem menos de 1% da bacia. A maior parte da bacia apresentou perda de solo variando de muito baixa (<1 t/ha/ano) a moderada (100-500 t/ha/ano), especialmente em áreas de pastagem e agricultura. Os resultados enfatizam a influência significativa dos fatores LS e C na determinação das áreas mais suscetíveis à erosão. Este estudo sublinha a importância da implementação de práticas de manejo e conservação do solo para mitigar a erosão, fornecendo dados críticos para a gestão ambiental e o planejamento sustentável na bacia do Rio Goitá.