A urbanização desordenada no Brasil no século XX resultou na ocupação desordenada do espaço urbano, causando a impermeabilização do solo e a infraestrutura hídrica urbana inadequada, resultando em episódios frequentes de alagamento devido à sobrecarga do sistema de drenagem, um problema agravado pelas características climáticas tropicais do país. Neste sentido, esta pesquisa visa analisar as áreas mais propensas a alagar no perímetro urbano de Candelária, RS, através da densidade de Kernel. Para gerar o modelo, foi utilizado como fonte as informações do acervo do Jornal de Candelária, registrando as datas e os locais que alagaram no município entre os anos de 1998 a 2023. Posteriormente o mapa de alagamento foi classificado em 4 classes, sendo elas: Não Suscetível, Nível Baixo, Nível Médio e Nível Alto. Onde 76,05% são caracterizados como Não Suscetíveis ao alagamento, pois não apresentam registros de ocorrência, já a classe Nível Baixo caracteriza locais que tiveram pelo menos uma ocorrência de alagamento, representando cerca de 12,41% da área. A classe Nível Médio abrange áreas com aproximadamente 4 ocorrências de alagamentos, totalizando 7,12% da área. A classe Nível Alto está associada ao centro comercial urbano do município, representando 4,41% da área e registrando mais de 12 episódios de alagamento, evidenciando uma alta recorrência desses eventos.