Artigo Anais do X CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

UM PONTO DE INFLEXÃO NAS NOSSAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E PESSOAS IDOSAS

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Nos últimos três anos, nossos esforços na pesquisa ocorreram no sentido de gerar conhecimentos sobre ferramentas teóricas, métodos e técnicas de constituição, integração e análise de dados relativos a conhecimentos matemáticos de pessoas idosas. O objetivo era o de que tais conhecimentos pudessem ser aplicados para amparar trabalhos de extensão universitária levados à cabo junto a pessoas com mais de sessenta anos. Também era nosso objetivo que os resultados das pesquisas contribuíssem para com a formação da identidade docente na licenciatura em matemática, tornando os futuros professores da área mais capazes de atuar na Educação de Jovens, Adultos e Idosos e de agir contra preconceitos e violências que atingem pessoas idosas. O trabalho ora apresentado decorre dessa trajetória e tem como propósito sistematizar nossos construtos acerca do tema. Adotando uma abordagem qualitativa, revisitamos e analisamos sete trabalhos sobre as relações entre matemática, educação matemática e pessoas idosas ? publicados ou em fase de publicação ? escritos por membros do nosso grupo de pesquisa. A análise seguiu a ordem cronológica de origem dos documentos. Nos cinco primeiros trabalhos, foram detectados os eixos analíticos: a) estratégias e materiais didáticos voltados para a mobilização do pensamento matemático e do raciocínio lógico de pessoas idosas; b) relações de idosos pouco escolarizados com a disciplina de matemática. Entretanto, observamos que os dois últimos trabalhos analisados passaram a adotar o conceito de envelhescência, a tomar como sujeitos de pesquisa professores de matemática envelhescentes e a utilizar duas técnicas de coleta de dados complementares ? a escuta sensível e a escredocência. Também detectamos uma aproximação com o tema estágio supervisionado, investigando as ações pedagógicas de professores envelhescentes. Concluímos que as alterações apresentadas pelos dois últimos trabalhos, metaforicamente, representam um ponto de inflexão na produção do grupo acerca das relações entre educação matemática e pessoas na terceira idade.

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