ALVES, Pedro Lucas Sousa. O que dizem e sentem os/as jovens sobre o novo ensino médio. Anais do X CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/113917>. Acesso em: 25/12/2024 21:07
A Reforma do Ensino Médio é resultado da aprovação da lei 13.415/2017, que altera e modifica a organização curricular do Ensino Médio no Brasil. Esta pesquisa é resultado de um projeto, ainda em andamento, realizado no município de Crateús/Ce, em duas Escolas de Ensino Médio de tempo integral da rede púbica, intitulada: “A REFORMA QUE (DE)FORMA?: Os desdobramentos do Novo Ensino Médio Na Formação da Juventude. O objetivo deste resumo é apresentar e discutir como os jovens percebem e refletem os desdobramentos do novo Ensino Médio na sua formação ampla/geral no cotidiano escolar. A pesquisa tem sido realizada a partir de uma abordagem qualitativa, com a utilização de técnicas como observação na escola e na rotina pedagógica dos/as jovens, entrevistas e rodas de discussões. Para compreender os jovens como sujeitos múltiplos e a juventude enquanto categoria sociológica, historicamente inventa e constituída a partir de diversas camadas (gênero, étnica, sexual, territorial, econômica, cultural e política), realizamos estudos nos trabalhos de Pais (2003), Dayrell (2007), Groppo (2000), Sales (2005). No debate sobre o Ensino Médio, temos nos debruçado nos trabalhos de Silva (2016) e Barbosa (2021, 2022). Os resultados parciais revelam que para os estudantes o ser jovem está relacionado a cobranças e pressões. Pressão por concluir o ensino médio, entrar numa universidade e conquistar o trabalho/emprego. “O ser jovem se transformou em um peso”. Segundo os/as jovens as cobranças e responsabilidades próprias do universo adulto tem feito acelerado a chegada na adultez. Sobre o Novo Ensino Médio os/as jovens, de modo geral, criticam e discordam da nova estrutura curricular colocada pela Reforma. Segundo os estudantes, eles são obrigados a cursar disciplinas que não tem nenhum sentido, que não colaboram na formação básica e nos projetos de ingressar no ensino superior. Os conteúdos das disciplinas eletivas/base diversificada, não os desafiam, empobrece e esvazia de sentido e conteúdo a sua formação ampla e geral, comprometendo os projetos de vida dos jovens da classe trabalhadora, da escola pública de serem os dirigentes de suas vidas