Esse estudo apresenta como principal objetivo discutir acerca do letramento literário na Educação Infantil enquanto possibilidade para a formação humana. Defende-se que as crianças oriundas desta etapa educacional são dotadas de potencial para a leitura de textos. Que embora não tenham se apropriado do código alfabético, poderão fazer o uso social da leitura e a compreensão do livro como um artefato cultural. Ademais, compreende-se que o letramento literário poderá proporcionar o desenvolvimento da criticidade aliada a estética. Que é possível ao leitor infantil, o estabelecimento de relações entre o percurso existencial – a luz das variadas culturas de infância – e as obras literárias. Por fim, afirma-se que os sujeitos são seres incompletos, que desde o seu nascimento até o fim de suas vidas, estão em processo de formação. O leitor infantil, observado a partir de suas potencialidades apresenta aspectos que favorecem a vivência de experiências de leitura. Neste sentido, refere-se à capacidade de ler o mundo e atribuir significados, ser curiosas, ser criativa, ter imaginação e subjetividade. O letramento literário também aproxima a criança as concepções de protagonismo, pois lhe proporciona maior autonomia, encorajando-a à interação com a Literatura. Conduz o leitor infantil a percepção de que em se tratando de literatura não há certo ou errado, todavia há diferentes modos de compreensão. Estabelecendo uma metáfora com a experiência de viver. As interpretações sobre uma mesma leitura não são as mesmas, visto que todos somos diferentes. Por conseguinte, desenvolveu-se uma abordagem qualitativa, baseada em levantamentos de pesquisa bibliográfica com diversos autores tais como Ariès (1981), Bajour (2017), Barbosa (2006), Candido (2011), Corsino (2010), Reyes (2012), Silva (2011), Silva e Martins (2010) e Soares (2004, 2006).