Neste relato, situado no contexto do Programa Residência Pedagógica (PRP) da CAPES, nos debruçamos sobre práticas pedagógicas emancipatórias em uma escola estadual em Belo Horizonte. A experiência empregou a Técnica dos Seis Chapéus de Edward de Bono e a Filosofia para Crianças de Matthew Lipman, não como instrumentos para mensuração de resultados, mas como estratégias dialógicas que potencializaram, por meio da metacognição, a consciência crítica, ética e estética dos estudantes. Tais abordagens têm como objetivo a formação de cidadãos ativos e responsáveis na (co)construção de uma sociedade democrática, justa, inclusiva e solidária. Esta experiência também mostra a noção de ergoavaliação, arcabouço teórico da ergologia, como um elemento de compreensão do processo formativo e das condições para a realização das aprendizagens centralizadas na experiência humana em sua multiplicidade, superando a autorregulação. Ademais, este constructo sublinha as condições materiais e simbólicas, recursos e a dinâmica coletiva da sala de aula como elementos intrínsecos ao processo educativo. Para isso, usamos Fichas Metacognitivas para estimular a autoconsciência reflexiva dos estudantes e tornar visíveis as nuances da prática educativa colaborativa. Ao focar na ergoavaliação, os dados sugerem que os estudantes, além de aprimorar a qualidade de sua participação, tornaram-se mais conscientes de seu papel como membros de uma comunidade educativa.